sábado, 23 de abril de 2011

Uma mulher super




É incrível como as pessoas mais queridas estão sempre praticando a arte do desapego e indo levar seus encantos para outros ares, afinal, elas sentem necessidade de encantar a outras pessoas, e isso faz delas pessoas tão especiais.
Uma vez Charles Chaplin disse: ”Mostre aquilo que você é sem medo.
Viva! Tente! A vida não passa de uma tentativa.”Fiquei pensando sobre isso e até agora estou sem palavras, pois, o medo do improvável e do incerto é o que nos leva ao desconhecimento e a infelicidade. Me encanta os medrosos, ou pelo menos os que se dizem ser, aqueles que não aceitam um desafio, que se escondem, que estremecem ao ouvir uma voz mais grossa. São seres mascarados, eles mesmos se desafiam, se escondem para depois fazerem medo e a voz, bom.. a voz é charme mesmo! Os medrosos são os que tem a maior chance de encontrar a felicidade, julgam não ter nada a perder, e por isso não têm medo de arriscar.
Já conheci várias super mulheres, mas uma mulher super é difícil de encontrar. Eu já encontrei uma mulher super uma vez, e eu tenho certeza disso porquê nunca existiu ninguém igual a ela. Uma explicação simples para isso é o fato de que não é todo mundo que consegue falar “gente, vamos lá” a cada cinco minutos e ainda com sotaque paulistano sem nem se dar conta. Mas não é só isso não, para ser uma mulher super é preciso conseguir ficar 1h e 40m discutindo um único parágrafo de um artigo de opinião ‘o máximo’ do Reinaldo Azevedo, além de não esquecer o francês ‘básico’ que não pode faltar. Uma mulher super também não consegue ficar ‘sem falar nada’, definitivamente ela PRECISA falar alguma coisa, principalmente quando ela é uma professora de literatura. Uma mulher super está sempre cheirosa e com seus cabelos ruivos encaracolados impecáveis. Uma mulher super não chora, somente quando está em transe com seus livros de cabeceira. Uma mulher super não elabora provas, ela elabora testes de resistência para os alunos. E o mais importante, uma mulher super será sempre uma super mulher pois não há características suficientes que a definam e não há memórias suficientes que não faça qualquer pessoa se lembrar dessa mulher encantadora.
Este texto é em homenagem a nossa querida professora de literatura e redação que idealizou toda a revista de 25 anos do Colégio Espanhol Santa Maria e incentivou os alunos para a sua produção.
À você Andréa, nós agradecemos por todo o carinho, compreensão, cuidado e atenção que você teve conosco e desejamos muitas felicidades e sucesso para você em Belém. Sentiremos sua falta, mas torcemos por você, um grande beijo de seus alunos do segundo ano do ensino médio.


Amanda Santa Bárbara

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